sexta-feira, 22 de maio de 2020

INFORMAÇÃO -TRATAMENTO DO FUNDO DOCUMENTAL DAS BIBLIOTECAS

COMO HIGIENIZAR OS ACERVOS DE BIBLIOTECAS DURANTE UMA PANDEMIA?


Especialistas analisam […] materiais bibliográficos durante o período da Covid-19

Manter as bibliotecas seguras é importante para seus trabalhadores e seus usuários. Porém, durante a atual pandemia do COVID-19, perguntas sobre como fazer isso – principalmente quando se trata de materiais e superfícies
– têm respostas complicadas.
É uma situação sem precedentes. Os conservadores, com experiência em diagnosticar e reparar danos às coleções, dizem que faltam informações históricas sobre a higienização dos materiais da biblioteca.
Apesar das evidências anedóticas de um artigo de 2019 na Smithsonian Magazine, Evan Knight, especialista em preservação do Conselho de Comissários de Bibliotecas de Massachusetts, diz que há muito poucos dados históricos disponíveis. “[Não há] nada publicado ou compartilhado de epidemias anteriores”, diz ele.
Também é um desafio analisar a pesquisa em evolução. Um  estudo  de  janeiro  do Journal  of  Hospital  Infection relatou que os coronavírus semelhantes ao SARS-CoV-2, responsável pelo COVID-19, podem persistir em algumas superfícies inanimadas (como metal, vidro e plástico) por até nove dias e no papel por quatro ou cinco dias.
Enquanto isso, dados recentes do National Institutes of Health indicam que o SARS-CoV-2 é detectável em aerossóis por até três horas, até quatro horas em cobre, até 24 horas em papelão e talvez apenas dois a três dias em plástico e aço inoxidável.
A pandemia também apresenta desafios de natureza mais filosófica. “[É] difícil conciliar os requisitos de saúde pública desta pandemia com a nossa missão”, diz Jacob Nadal, diretor de preservação da Biblioteca do Congresso (LC), que fechou ao público em 12 de março e cancelou eventos até 11 de maio “É comovente ver como essa doença nos obriga a recuar exatamente no momento em que queremos avançar”.

O TEMPO É O MELHOR DESINFETANTE
No entanto, recuar pode ser a melhor defesa contra uma ameaça ainda em desenvolvimento. O desinfetante mais fácil, mais seguro e mais barato é o tempo. “Esta pandemia é uma situação única para a maioria dos conservadores, por isso não sabemos muito sobre desinfecção em geral, e especificamente sobre esse vírus”, diz Knight. “Nossa opinião é que a profilaxia, ou medidas preventivas, são as melhores.”
Fletcher Durant, diretor de conservação e preservação da Universidade George A. Smathers Libraries da Universidade da Flórida, sugere que todas as bibliotecas sigam a recomendação da ALA de 17 de março para fechar ao público. “O isolamento por no mínimo 24 horas e, de preferência, 14 dias, é o melhor desinfetante”, diz ele.
“É simplesmente a melhor e mais segura coisa que nós, bibliotecários, podemos fazer neste momento.” Durant diz que se trata de proteger as bibliotecas e o público. “As bibliotecas podem fornecer um vetor de risco para a propagação da doença, que, além dos impactos diretos à saúde, pode reduzir a confiança do público nas bibliotecas”, diz ele.
Isso também significa que as bibliotecas devem planejar permanecer fechadas até que o risco de infecção pública seja eliminado. “Seríamos os primeiros a dizer que não estamos preparados para fazer recomendações sobre virologia, bacteriologia ou questões médicas”, diz Nadal. “Quarentena após a viabilidade do vírus é o melhor plano.”


LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO
Algumas bibliotecas, no entanto, têm uma missão que impede a quarentena completa. A LC, por exemplo, continua a apoiar o Congresso enquanto está em sessão, o que exige que alguns funcionários estejam no local. Outras bibliotecas estão mantendo serviços com check-outs de materiais na calçada. Isso significa que são necessários métodos adicionais de higienização.
As superfícies duras internas, incluindo mesas, maçanetas, porta-livros e computadores, devem ser limpas profissionalmente. Os especialistas também observam que os fones de ouvido de realidade virtual foram sinalizados como um fator de risco, e as bibliotecas devem adiar seu uso.
“Se possível, contrate um serviço de limpeza profissional que possua treinamento e equipamentos de proteção individual adequados para realizar esse trabalho”, diz Nadal. “Este é um momento de cautela excepcional.”
Qualquer equipe que trabalha no local deve instituir uma lavagem cuidadosa das mãos, principalmente ao manusear livros ou objetos compartilhados na biblioteca. “Não há estudos que respondam especificamente à questão de quão transmissível o coronavírus pode ser dos materiais mais comuns da biblioteca, como papel revestido e não revestido, tecido de livro ou jaquetas de poliéster”, diz Nadal. “Temos que procurar informações de alta qualidade e avaliá-las criticamente para determinar quão bem elas se aplicam às nossas preocupações particulares”.

EVITANDO DANOS MATERIAIS
Knight diz que os bibliotecários devem ser cautelosos ao usar solventes de limpeza em livros e em outros materiais potencialmente frágeis da biblioteca. “Não conheço um produto de limpeza ou desinfetante ‘menos prejudicial’, especialmente para objetos de óbvio valor duradouro”, diz ele, explicando que os riscos para livros sujeitos a limpeza ou desinfecção aquosa incluem danos à água e dobradiças e articulações enfraquecidas.
“Os livros embrulhados em poliéster ou polietileno podem ser mais razoavelmente limpos e desinfetados, e fortes coberturas de tecido com fivela para encadernação na biblioteca provavelmente também podem suportar a limpeza aprimorada”, acrescenta ele. “Mas, novamente, se alguém estiver planejando limpar e desinfetar coleções, mesmo entre volumes com cobertura polivalente, eles devem entender e aceitar que haverá danos à coleção”.
Há evidências de que certos métodos podem não ser eficazes de qualquer maneira. “As concepções errôneas comuns podem ser que pulverizar ou limpar a parte externa de um volume com Lisol, álcool ou água sanitária é suficiente para desnaturar o vírus em todo o volume”, diz Durant.
A luz ultravioleta (UV) também representa um risco potencial para os materiais de coleta devido à sua alta intensidade. E devido à dificuldade de confirmar que todas as páginas foram expostas à luz, o esforço pode ser infrutífero.
“A irradiação germicida por UV geralmente é considerada eficaz na exposição de 2–5 milijoules por centímetro quadrado [mJ / cm2]”, diz Durant. “No entanto, para que essa exposição seja eficaz, ela deve ser uma exposição completa, o que é quase impossível de alcançar com livros encadernados. Certamente não é tão eficaz quanto simplesmente isolar os livros por pelo menos 14 dias “.
No entanto, mesmo enquanto as bibliotecas continuam aprendendo novos procedimentos de preservação, certas constantes permanecem. “É um bom momento para pensar sobre o papel das bibliotecas como administradores da memória e da cultura”, diz Nadal.
“Vamos ficar fechados por um período de tempo, e nossa ética de serviço constante tornará isso doloroso. Manter os materiais em quarentena e fora de circulação será frustrante. [Mas] somos guardiões de uma longa história, e nossa principal obrigação agora é garantir que haja um futuro longo para o conhecimento e a criatividade registrados, confiados a nossos cuidados.”
*Publicado originalmente na American Libraries sob o título “How to Sanitize Collections in a Pandemic” |Tradução:
Chico de Paula retirado de http://twixar.me/yd2T


CONSELHOS PRÁTICOS PARA A HIGIENIZAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO

A prática de Higienização de documentação consiste na limpeza mecânica de documentos, quer sejam eles documentos soltos, encadernados, etc..

Devem utilizar-se trinchas, panos e eventualmente aspiradores, tudo dependendo do estado de conservação dos documentos a limpar.



Em alguns casos as instituições aproveitam para limpar a sua documentação antes ou depois de uma mudança de instalações e tentam associar o serviço de higienização ao transporte. Nas situações, como esta, devemos executar esses procedimentos antes de emprestar e antes de proceder à arrumação.


Se a documentação a higienizar está em mau estado de conservação ou é de grande importância histórica os cuidados devem ser redobrados.

Do ponto de vista técnico existem também tratamentos que implicam a lavagem de documentos, medição de PH e correção de nível de acidez, mas só em situações que possam ser feitas por técnicos especializados e tendo em conta, para além da orçamentação do serviço, o número de documentos a tratar.

Adaptado de
http://www.guia-arquivos.pt/higienizacao.html

Saber + através de vídeos modulares sobre a preservação de documentos
http://twixar.me/Xd2T: I; http://twixar.me/jd2T: II; http://twixar.me/pd2T: III.


Saber + em texto http://twixar.me/zd2T; http://twixar.me/5d2T; http://twixar.me/Sd2T














quarta-feira, 15 de abril de 2020

ARTIGO DE EDUARDO SÁ

Escola no meio da sala




  1. . Os nossos filhos não estão de férias; mas também não estão nas aulas. Os próximos meses não serão, sobretudo, de “estudo acompanhado”. Como aquilo que temos para lhes dar não será, exatamente, ensino doméstico. A quarentena é um período tão híbrido de experiências e exige de todos um esforço tão grande que dá origem a uma nova “telescola”. Que, não sendo a solução “ideal” para responder ao confinamento a que os estudantes estão obrigados, será a (única) solução possível para que, em tempo recorde, eles não estejam sem “ir à escola” entre Março e Setembro.
    2. Por mais que esta “telescola” preencha o seu espaço na RTP Memória, tem muito pouco a ver com a outra telescola, de “antigamente”. A primeira, tinha programas de televisão e grupos de alunos aos cuidados de um professor que fazia a “ponte” entre os conteúdos dados, a aprendizagem de cada um e as avaliações. Esta, tem as escolas, cada uma a seu modo, a fazer o seu trabalho da forma possível e a usufruir dos conteúdos suplementares trazidos aos estudantes pela televisão. Com os pais a desempenhar, pelas consequências óbvias do confinamento, o papel de ponte entre a escola e os filhos. E os professores que “melhor conhecem o conjunto do percurso educativo de cada aluno” a avaliá-los. Tomando em consideração o impacto que esta medida terá em todos os estudantes, ela poderá não representar a telescola de “antigamente”. Mas, no seu conjunto, não será só “estudo em casa”. Será, muito mais, escola em casa.
    3, Apesar da sua benevolência, esta solução está longe de colocar as crianças em pé de igualdade. Sendo generosa na sua intenção, arrisca-se a acentuar (muito) mais as desigualdades das crianças no seu acesso à escola e ao conhecimento. Porque os recursos informáticos individuais que recomenda e os meios de comunicação que requer não estão, de facto, ao alcance de todos os alunos, por igual. Os números divulgados vão avançando que, do milhão e duzentos mil alunos em casa, haverá 200 000 alunos sem acesso a computador e sem rede. Se, de tudo isto, destacarmos as crianças com “necessidades educativas especiais”, algumas sem os meios adequados para acompanharem a escola, corremos o risco de as ver, nos seis meses que decorrem entre Março e Setembro, com as suas d4. Uma família com dois filhos no ensino básico, por exemplo, que repartam o quarto e, naturalmente, a sala e a cozinha, estando (ainda, por algum tempo) os pais nos espaços comuns da casa em teletrabalho, não tem como conseguir dividir com equilíbrio a atenção pelas videochamadas (que, em certas alturas, serão simultâneas), uma aula pela televisão, mais a resposta às dúvidas de um dos filhos, a necessidade de gerir uma bulha ou um acesso passageiro de “mau génio” de uma das crianças. Isto é, a escola em casa corre o risco de funcionar mais como “aulas de compensação”. E compreende-se que seja, de certa forma, assim. Mas será muito difícil - muito difícil, mesmo - que as famílias, com este compromisso-extra sobre os seus ombros, não se “desequilibrem” mais, em muitos momentos. Porque estão cansadas. Porque começam a não saber para que lado se hão-de virar. Porque 960 000 crianças têm menos de 12 anos e isso vai exigir que um dos pais permaneça em casa, com todo o “pacote” de preocupações que a sua relação com o trabalho lhes irá, também, trazer. E porque se arriscam a ter as escolas a exigir-lhes “coisas” que, se em momentos normais seriam adequadas, nesta altura, correm o risco de se tornar exorbitantes.
    5. Esta conjuntura obriga-nos a aceitar que nem a família é uma escola nem os pais são professores. E será muito menos uma “escola”, na balbúrdia em que, contra a vontade de todos, se transformaram muitas salas deste país. Com os pais e os filhos a manifestarem a agitação própria de quem está em isolamento há tempo demais. Ou seja, é natural que os conflitos escalem. Por outras palavras, quem imagina que, num contexto destes, as crianças estarão atentas - enquanto os pais, “fervem”, ao exigirem-lhes atenção, e enquanto elas saltitam entre a televisão, o computador e os trabalhos de casa - e que irão aprender, consolidar conhecimentos e interligá-los de forma a que tenham sucesso nas suas aprendizagens, estará a ser, muito “perigosamente”, otimista. Não é que os nossos filhos não queiram corresponder ao desafio que lhes colocamos; querem. Mas aquilo que lhes estamos a exigir é demais.
    6. Não percam de vista que os nossos filhos na escola e os nossos filhos em casa não são, em circunstâncias normais, sempre “as mesmas crianças”. E que os nossos filhos antes, durante e a seguir à quarentena não serão, seguramente, iguais. Portanto, não lhes exijam aquilo que exigiriam em circunstâncias normais. Não transformem, por favor, a quarentena num período normal de aulas! Nem percam de vista que já há escolas que pretendem, desde já, que os nossos filhos tenham aulas diárias das 9 às 5. E isso não é razoável! Um esforço desmedido - com as crianças fechadas em casa há tempo demais, a tentarem aprender sozinhas no quarto ou sentadas na sala, com a presença física dos seus pais a tutelá-las o tempo todo (estando, eles, também, a trabalhar) tendo, para mais, esta nova “telescola” a garantir um suplemento de ensino à distância - pode dar lugar a excessos. Ou seja, esta quarentena, nalguns casos, pode traduzir-se em mais aulas, ainda, do que os nossos filhos já, antes, teriam. Tendo as mesmas explicações do costume. E mais trabalhos de casa. Tudo isto numa conjuntura muito difícil para todos. Que, feitas as contas, pode não representar os ganhos que desejaríamos. Quanto às avaliações, elas não poderão ter, neste pedido, o mesmo significado. Então se os nossos filhos forem adolescentes, por exemplo, um teste será muito mais um “trabalho de grupo” do que uma avaliação individual. E as notas que, entretanto, surgirem não podem ter senão um valor que precisa de ser relativizado.
    7. Aceitem que os professores terão sobre eles, nesta altura, níveis de exigência quase absurdos para conseguirem chegar a todos os seus alunos: àqueles a quem darão aulas; e aos outros que, não tendo recursos informáticos, ficarão numa espécie de “terra de ninguém” nessas ajudas. E que, muitos, estarão a tentar mobilizar-se para terem os recursos pedagógicos adaptados a todas estas novas exigências, estando em tele-trabalho. E aceitem que os contactos personalizados da escola com cada um dos seus alunos facilmente fará com que não haja professores que cheguem para tantas “encomendas”. E que tudo isto vai exigir muito bom senso da parte dos pais. Acresce que muitos professores têm, também, filhos em idade escolar. E que vão ter, ainda, os pais a pedir-lhes mais colaboração do que já pediriam antes. Tudo junto, não vai ser fácil!
    8. Prepararem-se para que o regresso às aulas, em Setembro, não seja fácil para ninguém. Depois de seis meses afastados da escola, dos professores e dos colegas, e com todos os “vícios de forma” que decorrem de estarem tanto tempo fechados - ora em climas um bocadinho “inflamados” ora com condescendências excessivas por parte dos pais - preparem-se para que o “choque” que se venha a dar se estenda por todo o próximo primeiro período. Os nossos filhos estarão entre o excitado e o receoso; estarão um bocadinho “entorpecidos” por terem estado tanto tempo “parados”; e terão, naturalmente, muitas carências de conhecimentos. Logo, a escola vai ter que os recuperar para a aprendizagem ao mesmo tempo que quererá introduzir novas matérias. Ou seja, preparem-se para um primeiro período muito difícil para todos. Professores e pais, claro. Mas, sobretudo para os nossos filhos.
    9. Não se esqueçam, também, das crianças do pré-escolar. Daquelas que, em seis meses, poderiam ter “crescido” muito mais em meio escolar e que, na transição dos 5 para os 6, com seis meses de quarentena, vão precisar de famílias e de professores com muito bom senso e numa sintonia “premium” na transição para o ensino básico. Se, habitualmente, a dificuldade está em que elas estejam sentadas, desta vez, essa dificuldade será maior. E não se esqueçam daqueles que, com menos de 5, foram “morrendo de saudades” da sua educadora e dos seus colegas e que, quando regressarem, vão ter que passar, outra vez, por reacções que, nalgumas crianças, vos farão lembrar os primeiros meses de infantário.
    10. Preparem-se, igualmente, para ajudar os vossos filhos entre os 10 e os 14/15. Aqueles que imaginam controlar todas as “cenas”. Que, por mais que nos tenham a repetir que não estão de férias, estarão a sentir um controle mais adocicado da nossa parte. Que repartem o dia pelas redes sociais, pelas séries e pelos jogos. Que vão reagir duma forma muito “sua” à obrigatoriedade das aulas, aos pais num estado de nervos permanente, a protestar com as horas a que se chega às aulas da televisão e ao aprumo com que se está numa “escola” que permite que se esteja de “pantufas” Que, quando têm o computador aberto, nem sempre estarão a estudar; e ora estão a jogar, ora a navegar pelas redes sociais como “a socializar”. E que tão depressa vão para a cama “a horas” como adormecem de madrugada. Eles vão precisar de algum “músculo” e de uma exigência “mais apertada” da parte dos pais. Porque aos 10 e aos 11 ou aos 12, aos 13 e aos 14 quase ninguém é compenetrado e metódico. Muito menos se um professor se for transformando num “teleprofessor”.
    11. Não se esqueçam dos vossos filhos que, agora, estão no 9º ano e que irão transitar para o 10º. Porque se, em circunstâncias normais, essa transição já é “turbulenta”, depois destes seis meses, será mais dura e mais suscetível de os fazer passar, ainda mais depressa, do sonho de se ser “top” numa determinada área de estudo a uma espécie de “pré-reforma” em relação ao entusiasmo por aprender.
    12. Não suponham, por favor, que vos tenho estado a tentar traçar um quadro “negro” do que podemos esperar da escola em casa. A intenção não é essa. Mas se a quarentena está a ter o mérito de colocar as crianças, de todas as idades, a manifestar, de forma declarada - e, talvez como nunca - o seu amor pela escola, este confinamento que nos fecha em casa, com a vinda desta “telescola” vai fazer com que o papel da escola e dos professores, aos olhos dos pais, seja, hoje, entendido com mais carinho. E vai levar a que a escola e os professores acolham melhor (do que nunca) a função da família como complemento interpelante da escola. Levando a que pais e professores se respeitem, depois disto, mais, ainda.
    13. Foi-se alimentando, desde há muito - e de uma forma trapalhona, acho eu - a ideia de que há crianças que têm vontade de aprender e crianças que são preguiçosas. A preguiça será uma forma habilidosa de ocultar o medo de não se ser capaz de aprender. Ou seja, todos as crianças têm uma ilimitada vontade para aprender. Mas nem sempre os contextos e as pessoas que medeiam a sua relação com a aprendizagem as ajudam. Hoje, este imenso reboliço que estamos a viver irá ser, ainda, mais exigente para elas. E vai obrigar-nos, pelos próximos tempos, a reconhecer que a vontade de aprendermos, muito depressa, muitas estratégias de aprendizagem muito inovadoras poderá nem sempre ir contando com o compromisso de todos para o fazer. A ponto de uns, entre todos nós, aprenderem; e outros parecerem “preguiçosos”. Mas temos pela frente uma oportunidade histórica de, com tudo isto, repensarmos a escola: nos seus conteúdos, nos seus métodos e na forma como avalia. Assim a nossa vontade de aprender com esta “avalanche” conte com todos!

    Eduardo Sá - Psicólogo

segunda-feira, 23 de março de 2020

ALTERAÇÃO da Programação da semana da leitura

   



Tal como diz o lema da semana da leitura:LER SEMPRE.LER EM QUALQUER LUGAR!

SEMANA DA LEITURA -23 a 27 de março





















Cartaz PNL

Lema da Semana da Leitura

LER SEMPRE…LER EM QUALQUER 

LUGAR!



Para celebrar a leitura, o livro e o leitor, convidamos a escola a realizar atividades para festejar a leitura como ato comunicativo, de diálogo entre artes, humanidades e ciências, ponto de encontro criativo e colaborativo.
 Acrescentem as vossas ideias, contribuam para alargar a rede de leitores e promovam a leitura e a escrita como objeto de prazer e liberdade.




Boas leituras!

LEITURA EM DIA



De entre as várias atividades sugeridas para o trabalho com a bibliotecas, realço a proposta para ler, comentar e partilhar leituras no Clube de Leituras Cool.

Sugestões-LEITURAS EM DIA


Esta proposta transporta-nos para o Alentejo. Deixo-vos as seguintes palavras.
"Ler é bom! Dá-nos imaginação, ajuda-nos a saber construir melhor as frases e aumenta o nosso vocabulário, ou seja, permite-nos conhecer novas palavras. Entra nesta aventura com a leitura do livro "Uma aventura em Evoramonte". Espero que gostes!